Cientistas confirmam que as recomendações do Institute of Medicine para o consumo de vitamina D foram mal calculadas e são muito baixas

Pesquisadores da UC San Diego e da Universidade de Creighton têm contestado as recomendações de ingestão de Calculovitamina D pela National Academy of Sciences (NAS) Institute of Medicine (IOM), afirmando que a sua Recommended Dietary Allowance (RDA) para a vitamina D subestima as necessidades por um fator de dez.

Em uma carta 1 publicada na semana passada na revista Nutrientes os cientistas confirmaram um erro de cálculo observado por outros pesquisadores, usando um conjunto de dados de uma população diferente. Dr. Cedric Garland F., Dr.PH, professor adjunto do Departamento de Medicina da Família e Saúde Pública da UC San Diego disse que seu grupo foi capaz de confirmar os resultados publicados pelo Dr. Paul Veugelers 2 da Escola de Saúde Pública da Universidade de Alberta, que foram relatados em outubro passado na mesma revista.

“Ambos os estudos sugerem que o IOM subestimou substancialmente as exigências”, disse Garland. “O erro tem amplas implicações para a saúde pública em matéria de prevenção de doenças e alcançar o objetivo declarado de garantir que toda a população tenha vitamina D suficiente para manter a saúde dos ossos.”

A ingestão recomendada de vitamina D especificada pelo IOM é de 600 UI/dia até a idade de 70 anos, e 800 UI/dia para idades mais avançadas. “Os cálculos feitos por nós e outros pesquisadores demonstraram que essas doses são apenas cerca de um décimo aquelas necessárias para reduzir a incidência de doenças relacionadas com a deficiência de vitamina D”, explicou Garland.

Robert Heaney , MD, da Universidade de Creighton escreveu: “Solicitamos ao NAS-IOM e a todas as autoridades de saúde pública relacionadas com a transmissão de informações nutricionais precisas ao público para designar, como RDA, um valor de cerca de 7.000 UI/dia por todas as fontes.”

“Este consumo está bem abaixo do nível de ingestão superior especificado pelo IOM como seguro para adolescentes e adultos, de 10.000 UI/dia”, disse Garland. Outros autores foram C. Baggerly e C. French, da GrassrootsHealth, uma organização voluntária em San Diego CA, e ED Gorham, Ph.D., da UC San Diego.

Sobre GrassrootsHealth : GrassrootsHealth é uma organização de pesquisa em saúde pública sem fins lucrativos dedicada a transmitir mensagens de saúde pública em relação a vitamina D a partir da ciência em prática. A GrassrootsHealth está atualmente executando o programa de intervenção populacional D*action para resolver a epidemia de vitamina D em todo o mundo. Sob ao guarda-chuva do D*action, existem programas que focam a toda a população, bem como programas direcionados para a prevenção do câncer de mama e um recém anunciado programa  ‘Protect Our Children NOW!’’ para reduzir as complicações da deficiência de vitamina D encontradas durante a gravidez e na infância.

Referências

1Heaney, R.P. et al. 2015. Letter to Veugelers, P.J. and Ekwaru, J.P., A Statistical Error in the Estimation of the Recommended Dietary Allowance for Vitamin D. Nutrients 2014, 6, 4472–4475; doi:10.3390/nu6104472 URL:http://www.mdpi.com/2072-6643/7/3/1688

2Veugelers, P.J. et al. 2014. A Statistical Error in the Estimation of the Recommended Dietary Allowance for Vitamin D. Nutrients 2014, 6(10), 4472-4475; doi:10.3390/nu6104472
URL: http://www.mdpi.com/2072-6643/6/10/4472/htm.

Tradução Vitamina D – Brasil

Fonte newswise.com

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Quanto de vitamina D precisamos tomar?

Uma nova pesquisa constatou que as recomendações atuais de ingestão de vitamina D são muito baixas e que o vitaminspeso corporal deve ser levado em conta para se determinar a dose adequada para cada indivíduo.

O estudo foi realizado pela The Pure North S’Energy Foundation, uma ONG canadense que utiliza suplementos nutricionais baseados em evidências científicas, para a prevenção de doenças crônicas. Atualmente ela é a maior organização sem fins lucrativos do Canadá, focada na prevenção primária.

Eles estudaram o efeito combinado da suplementação da vitamina D e do peso corporal sobre a vitamina D e o cálcio séricos em uma grande população, com 17.614 adultos saudáveis.  Os participantes relataram a suplementação de vitamina D variando de 0 a 55.000 UI por dia e tinham níveis séricos variando de 4 a 157,6 ng/mL.

Nenhum aumento no risco de hipercalcemia foi observado com o aumento da suplementação de vitamina D. Os autores recomendam que as diretrizes clínicas para a suplementação de vitamina D sejam específicas para o peso normal, sobrepeso e obesos.

Intervalo do IMC Suplementação necessária para atingir níveis de 60 ng/mL
Baixo peso (<18,5) 5.000 a 9.000 UI/d
Normal (18,5 a 24,9) 9.000 a 10.500 UI/d
Sobrepeso (25 a 29,9) 12.500 a 14.000 UI/d
Obeso (30 a 35) 19.500 a 24.000 UI/d
Excessivamente obeso (> 35) > 20.000 UI/d

Eles concluíram dizendo:

“As recomendações nacionais atuais sobre as doses de vitamina D3 são demasiadamente baixas para atingir níveis séricos de 25(OH)D acima de 60 ng/mL. Nossa pesquisa usou valores de doses para atingir níveis  séricos alvos de 25(OH)D de 60 ng/mL, que são mais altos que o nível de ingestão tolerável pela Saúde do Canadá, de 4.000 UI/dia. Isso demonstra que a suplementação de vitamina D3 de pelo menos 15.000 UI/dia não representa um risco aumentado para efeitos adversos.”

Fontes

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Hipovitaminose D: estudantes de medicina estão em risco?

A deficiência de vitamina D é um problema pandêmico, diagnosticado especialmente em idosos. Alguns estudos também estão disponíveis, feitos 784dc674370fc01bf75490f0f464015aexclusivamente sobre o tema entre os jovens adultos. Profissões específicas, como estudantes de medicina também podem ter maior risco de desenvolver hipovitaminose D.

Em em estudo que acaba de ser publicado, pesquisadores do Irã tiveram como objetivo avaliar os níveis de vitamina D em estudantes de medicina da Universidade de Ciências Médicas. O estudo transversal foi realizado com 100 estudantes de medicina, no mês de outubro de 2012. Eles mediram a vitamina D sérica, o paratormônio (PTH) e o cálcio. Também foram registrados dados sobre a idade, sexo, índice de massa corporal, consumo diário de peixes e ovos, exposição solar e o uso de protetor solar.

Os nível de vitamina D foram abaixo de 30 ng/ml em 99% dos participantes e abaixo de 20 ng/ml em 77%. A média geral dos níveis séricos foi de 16,8 ng/ml. Os pesquisadores também constataram uma correlação linear inversa significativa entre os níveis séricos de PTH e de vitamina D.

Em conclusão eles afirmaram:

“Para melhorar o status de vitamina D na comunidade, além de programas de fortificação de alimentos, programas educacionais parece serem essenciais; não somente para a população em geral, mas também para os grupos mais educados.”

Fonte

Hypovitaminosis d: are medical students at risk? Int J Prev Med, 2014.

Sociedade Brasileira de Endocronologia publica consenso para tratamento da deficiência de vitamina D

A hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema mundial de saúde pub-generic-guidelinespública. Estudos demostram uma elevada prevalência dessa doença em diversas regiões geográficas, incluindo o Brasil. Pode acometer mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada.
Com objetivo de apresentar uma atualização sobre o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D baseada nas evidências científicas mais recentes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) concebeu as novas diretrizes. A SBEM é composta por membros especialistas no tratamento da deficiência de vitamina D e este documento tende a auxiliar grandemente os profissionais de saúde atuais.
Embora reconheçamos a inegável importância, ainda consideremos que, em muitos pontos, as recomendações sejam demasiadamente conservadoras. Como neste exemplo, a recomendação de níveis superiores a 30 (nível mínimo atualmente no Brasil) para grupos de maior risco:

“Concentrações de 25(OH)D acima de 30 ng/mL são desejáveis e devem ser as metas para populações de maior risco, pois, acima dessas concentrações, os benefícios da vitamina D são mais evidentes, especialmente no que se refere a doenças osteometabólicas e redução de quedas.”

As ações extra esqueléticas da vitamina D, por sua vez, são definidas como “recomendações grau B”, o que equivale a dizer que são evidências baseadas em estudos prospectivos não randomizados. Os tópicos abordados incluem:

  • Vitamina D e doença cardiovascular;
  • Vitamina D e diabetes;
  • Vitamina D e câncer;
  • Vitamina D e doença autoimune;
  • Vitamina D e imunidade inata;
  • Vitamina D e psoríase;
  • Vitamina D e doenças respiratórias;
  • Vitamina D e função física e cognitiva em idosos;
  • Vitamina D e obesidade.

Muitas das recomendações parecem até bem razoáveis, demonstrando uma certa experiência com o uso de vitamina D e bom senso clínico. Sem dúvida a elaboração deste consenso representa um passo importante para o tratamento desta séria condição de saúde, ainda não devidamente reconhecida e tratada.

 Você pode ler o documento na íntegra aqui.

Consumo de refrigerante pode contribuir com a deficiência de vitamina D?

A ingestão de bebidas adoçadas com açúcar vem se tornando um hábito cada vez mais comum, com vários efeitos nocivos para a saúde. drinkPesquisadores do Canadá agora constataram que possivelmente o  alto consumo de refrigerantes esteja relacionado à deficiência de vitamina D em mulheres na pré-menopausa.

A ingestão de bebidas adoçadas com açúcar, refrigerantes de cola ou outros e de bebidas doces de frutas foi avaliada através de um questionário de freqüência alimentar, aplicado a 741 mulheres na pré-menopausa. As concentrações séricas de vitamina D foram quantificadas e a associação com a ingestão de bebidas adoçadas foi então avaliada.

Os pesquisadores constataram que as mulheres com maior ingestão de refrigerantes de cola (três porções por semana ou mais) apresentaram níveis de vitamina D 12,7%  menores, em comparação com as que não consumiam. Observou-se uma correlação entre outras bebidas gasosas e os níveis de vitamina D, mas não foi significativa. Não houve associação entre as bebidas doces de fruta.

Como conclusão eles afirmaram:

“Este estudo sugere que a alta ingestão de refrigerantes pode diminuir os níveis de 25(OH)D em mulheres na pré-menopausa. Considerando-se o alto consumo destas bebidas na população em geral e as possíveis consequências da deficiência de vitamina D na saúde, esta descoberta precisa de mais investigações.”

Fonte

Association between Intake of Sugar-Sweetened Beverages and Circulating 25-Hydroxyvitamin D Concentration among Premenopausal Women. Nutrients, 2014.

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A exposição à fumaça do cigarro pode contribuir para deficiência de vitamina D?

A fumaça do cigarro desempenha um papel na exacerbação da sinusite crônica. No 1534527entanto, os mecanismos para isso ainda eram desconhecidos. Pesquisas anteriores mostraram que a vitamina D pode desempenhar um papel na saúde respiratória e na redução da inflamação.

Pesquisadores da Universidade Médica da Carolina do Sul propuseram a hipótese de que fumaça do cigarro poderia prejudicar a conversão da vitamina D para a sua forma ativa (1,25(OH)2D), pelas células nasais e, além disso, que a suplementação com 1,25(OH)2D poderia reverter a resposta inflamatória induzida pela fumaça.

Eles então conduziram um estudo, recém publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, buscando determinar os efeitos da fumaça do cigarro sobre os níveis de vitamina D, sobre a sua conversão e sobre a regulação da inflamação em indivíduos controles e em pacientes com sinusite crônica. Para tanto, amostras de sangue e de tecidos foram coletadas. A expressão de enzimas metabolizadoras da vitamina D foi medida e as células de tecidos foram usadas para analisar sua conversão, bem como a produção de citocinas pró-inflamatórias.

Como resultado, a exposição à fumaça do cigarro foi associada com uma redução dos níveis nasais e circulantes de vitamina D, bem como se demonstrou uma redução na conversão para a forma ativa, em comparação com os indivíduos controles.

Os autores concluíram:

“A exposição à fumaça do cigarro está associado à redução nos níveis de 25(OH)D e uma capacidade diminuída de conversão de 25(OH)D para 1,25(OH)2D pelas células epiteliais nasossinusais humanas. A adição de 1,25(OH)2D reduz os efeitos pró-inflamatórios da fumaça do cigarro. A conversão de 1,25(OH)2D prejudicada pela exposição à fumaça do cigarro representa um novo mecanismo através do qual ela induz os seus efeitos pró-inflamatórios”.

Fonte

Cigarette smoke exposure is associated with vitamin D3 deficiencies in patients with chronic rhinosinusitis. Abr 2014.

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Coelhos mantidos confinados podem ser deficientes em vitamina D

Coelhos que permanecem em ambientes fechados podem sofrer com a falta de vitamina D, relatam rabbitspesquisadores em um novo estudo. Em coelhos mantidos como animais de estimação ou usados ​​em estudos de laboratórios a deficiência pode levar a problemas dentários, prejudicar suas saúde cardiovascular, enfraquecer o sistema imunológico e distorcer resultados científicos.

O estudo descobriu que a exposição regular aos raios ultravioleta B artificiais por duas semanas duplicou os níveis séricos de vitamina D de coelhos – aumento não visto em animais criados à luz artificial sem radiação UVB. Futuros estudos tentarão determinar os níveis ótimos de exposição UVB e de vitamina D em coelhos, porquinhos da índia, chinchilas e outros animais. 

Um relatório do estudo foi publicado na revista American Journal of Veterinary Research

 “Nós sabemos que a vitamina D é importante para os vertebrados na medida em que contribui com a absorção do cálcio, mas também foi demonstrada beneficiar a saúde cardiovascular e a função imunológica”, disse Mark Mitchell , professor da Universidade de medicina clínica veterinária de Illinois, que liderou a pesquisa. “Nós sabemos de vários tipos de doenças que podem se desenvolver com a deficiência de vitamina D. Alguns dos problemas crônicos que vemos estão relacionado aos dentes.” 

Outros pesquisadores propuseram que baixos níveis de vitamina D desempenham um papel em doenças dentárias em coelhos de estimação, disse Mitchell.

“Estamos fazendo o condicionamento e a gestão de doenças dentárias em coelhos, chinchilas e porquinhos da índia regularmente”, disse Mitchell. “Semanalmente, vemos estes tipos de casos em nossos serviços de medicina clínica zoológicaÉ algo que também é visto em todo o país e internacionalmente. É um problema comum.” 

A maioria dos animais de laboratório e muitos coelhos de estimação não são deixados ao ar livre por causa dos riscos de exposição a predadores e a doenças, disse Mitchell. As janelas bloqueiam a maior parte da radiação UVB. Se os animais não recebem suficiente vitamina D de suas dietas e nunca são expostos à luz ultravioleta, eles podem tornar-se deficientes, disse ele. “Como médico, eu quero gerenciar melhor estes animais, dar-lhes uma mais longa e melhor qualidade de vida”, disse Mitchell.

A deficiência de vitamina D também pode prejudicar a validade de estudos utilizando coelhos, em pesquisas para melhorar a saúde animal e humana, disse ele. 

“Na medicina humana, estão começando a medir os níveis de vitamina D, como parte de nossa rotina médica de exames”, disse ele. “Mas se nós não estamos fazendo isso com os animais que estamos usando em pesquisas, pode estar faltando uma etapa.”

Tradução Vitamina D – Brasil

Fonte Universidade de Illinois

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Por que o Vitamin D Council recomenda 5.000 UI/dia?

Onde o Vitamin D Council obtém sua recomendação de que adultos tomem 5.000 UI/dia sitting-on-the-sand-e1386619882435-620x412de vitamina D3 para o resto de suas vidas? O Institute of  Medicine e a Food and Nutrition Board dizem que 600 UI/dia são suficientes para adultos e a Endocrine Society diz que 2.000 UI/dia são suficientes para a maioria dos adultos.

Nós pensamos que a coisa mais segura a se fazer, enquanto todas as pesquisas estão ocorrendo, seja manter os níveis naturais de vitamina D. Por naturais, nós queremos dizer os níveis obtidos por aqueles com exposição solar natural, como os salva-vidas, alguns telhadores e jardineiros e outros que trabalham ao sol e expõem muita pele à luz do sol. Esta é a forma como os nossos antepassados ​​se comportaram ao longo da nossa história evolutiva.

O melhor estudo que examinou os níveis de vitamina D de pessoas que recebem abundante exposição ao sol, foi publicado no ano passado. Os pesquisadores descobriram que caçadores de vida livre que vivem em torno do equador Africano (onde os humanos evoluíram) têm níveis médios de vitamina D de 46 ng/ml (115 nmol/L).

Luxwolda MF, Kuipers RS, Kema IP, Dijck-Brouwer DA, Muskiet FA. Traditionally living populations in East Africa have a mean serum 25-hydroxyvitamin D concentration of 115 nmol/l. Br J Nutr. 2012 Nov 14;108(9):1557-61.

A maioria das pessoas não irá ter seu sangue testado a menos que seu médico recomende. Então, precisávamos de uma dose recomendada que:

  • Fosse fácil de se obter na maioria das farmácias.
  • Conseguisse que ao menos 97% das pessoas estivessem acima de 30 ng/ml.
  • Conseguisse que a maioria das pessoas estivesse acima de 40 ng/ml e perto de cerca de 50 ng/ml.
  • Não causasse a qualquer pessoa a obtenção de níveis tóxicos.

Quando decidimos em uma recomendação com os quatro objetivos acima em mente, nós também tivemos que levar em conta o peso corporal. Além da genética, o peso corporal é o maior determinate dos níveis de vitamina D. Quanto mais você pesa, mais vitamina D você precisará tomar.

O professor Robert Heaney da Creighton University, detalhou em um estudo abaixo o quão alta a suplementação/ingestão de vitamina D precisa ser para se alcançar as metas de níveis de vitamina D acima.

Drincic AT, Armas LA, Van Diest EE, Heaney RP. Volumetric dilution, rather than sequestration best explains the low vitamin D status of obesity. Obesity (Silver Spring). 2012 Jul;20(7):1444-8. doi: 10.1038/oby.2011.404.

Juntamente com seus co-autores, o professor Heaney afirmou que para um adulto de peso normal, foram necessárias 5.000 UI/dia de ingestão total para se obter um nível de vitamina D de 40 ng/ml. Claro que o nível final de vitamina D obtido por qualquer dose depende do nível da linha de base, da exposição ao sol e da genética. Mas ele estava se referindo a um adulto médio.

Para aqueles que querem um cálculo mais cuidadoso, ele declarou que seus dados mostraram que de 70 a 80 UI/kg/dia de peso corporal total de ingestão são necessárias para se obter um 25(OH)D de 40 ng/ml. Isso equivale a cerca de 35 IU/libras/dia. Então, uma mulher de 45 kg precisaria de 3.500 UI/dia de ingestão total, mas um jogador de 135 kg precisaria de 10.500 UI/dia. Tenha em mente que esta é a obtenção total, que inclui a luz solar, a dieta e os suplementos.

Tomando todos esses fatores em consideração, podemos concluir que uma recomendação de 5.000 UI/dia seja razoável para um adulto médio.

Tradução Vitamina D – Brasil

Fonte Vitamin D Council

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A ingestão recomendada oficial de vitamina D é muito baixa

As recomendações oficiais do governo sobre a ingestão de vitamina D são demasiadamente taking a pillbaixas para uma boa saúde, alerta o diretor do Sunlight, Nutrition, and Health Research Center.

“A atual diretriz dietética, aproximadamente 400 UI/dia, foi baseada na quantidade de vitamina D em uma colher de óleo de fígado de bacalhau, o que impediu o raquitismo”, disse William B. Grant.

Os cientistas inicialmente assumiram que o papel principal da vitamina D no organismo seria na produção de ossos e dentes fortes. Pesquisas mais recentes, no entanto, demonstram que em níveis mais elevados, a vitamina D ajuda a prevenir e até tratar doenças crônicas, incluindo câncer, doenças cardiovasculares e diabetes, infecções bacterianas e virais e doenças auto-imunes, incluindo asma, diabetes tipo 1, esclerose múltipla e possivelmente a artrite reumatoide.

O corpo produz naturalmente a vitamina D com a exposição à radiação UVB da luz solar.

“Com a exposição ao sol de corpo todo, pode-se produzir, no mínimo, 10.000 UI/dia, em um curto espaço de tempo”, diz Grant. “Os efeitos adversos, tais como hipercalcemia foram encontrados, em geral, apenas para 20.000 a 40.000 UI/dia por períodos muito longos.”

Grant alerta que em pessoas com certas condições de saúde (tais como certos tipos de câncer ou condições hormonais), altos níveis de vitamina D, mesmo da luz solar podem ser prejudiciais. Para outros, Grant recomenda uma ingestão de vitamina D diária de 2.000 UI por dia para as pessoas com pele clara, 3.000 UI por dia para aqueles com pele muito escura e 6.000 UI por dia para mulheres grávidas ou lactantes.

As recomendações atuais do governo para as mulheres grávidas são apenas 200 UI por dia.

A luz solar continua a ser a melhor maneira de obter a vitamina D, mas apenas com exposição suficiente.

“Devido ao estilo de vida atual nos Estados Unidos, a maioria das pessoas não passa tempo suficiente ao sol para produzir os maiores níveis séricos da D associados à saúde ótima”, adverte Grant.

Para a produção ideal de vitamina D da luz solar, Grant recomenda expor “tanto do corpo quanto possível, sem protetor solar, perto do meio-dia, o momento em que a nossa sombra é menor que sua altura, por 10 a 30 minutos, dependendo da pigmentação da pele, tomando cuidado para não se tornar rosado, avermelhado ou se queimar”.

Referências

Fonte NaturalNews.com

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A deficiência de vitamina D como uma causa da dor crônica: dois relatos de casos

Um estudo recém publicado na revista Palliative Medicine, conduzido por pesquisadores Antiox_nerve_pain_webde dois setores distintos da NHS Foundation Trust, no Reino Unido, relata dois casos de pacientes com dores crônicas, fazendo uso de terapia analgésica, que mostraram melhoras significativas como resultado da terapia de reposição de vitamina D. A deficiência de vitamina D é comum na população em geral e tem sido implicada como uma das causas da dor crônica.

A população de cuidados paliativos tem uma série de fatores de risco para a deficiência de vitamina D. Apresentamos dois casos de dores inexplicáveis em pacientes atendidos no ambulatório de medicina paliativa, que melhoraram após a reposição“.

O primeiro caso é de um homem de 46 anos de idade com talassemia intermédia e dores nas costas e nas perna, sem uma causa clara. O segundo caso é de uma mulher de 28 anos de idade, em tratamento para o câncer do colo do útero, cuja doença inicial e a dor abdominal relacionada ao tratamento foram resolvidos, mas, posteriormente, relatou ter dores contínuas inespecíficas.

Caso: Ambos os pacientes foram constatados terem níveis de vitamina D menores que 20 ng/mL e foram tratados com terapia de reposição. Desfecho do caso: Após a terapia de reposição de vitamina D, as dores foram resolvidas em ambos os pacientes, permitindo uma redução na terapia analgésica.

Os autores concluíram:

A prevalência da deficiência de vitamina D na população  de cuidados paliativos merece uma investigação mais aprofundada, uma vez que estes pacientes estão em risco elevado de deficiência. Havendo um grau de suspeita, principalmente naqueles pacientes com fatores de riscos conhecidos e dores que não são totalmente explicadas, poderá resultar em um melhor controle das dores e dos resultados funcionais“.

Fonte 

Vitamin D deficiency as a cause of chronic pain in the palliative medicine clinic: Two case reports. Nov 2013.

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